O Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS, instituição da Secretaria de Estado da Cultura do RS, e o Farol Santander Porto Alegre inauguram “MARGS 70+1 – Percursos de um acervo”, uma grande exposição simultânea nas duas instituições, em comemoração ao aniversário do Museu.
Com a abertura no dia 24.06.2025, a exposição segue em exibição até 31.08, com entrada gratuita.
Dividida em duas partes concomitantes no MARGS e no Farol, a exposição retoma a mostra “MARGS 70 – Percursos de um acervo”, que foi preparada para os 70 anos do Museu em 2024, mas interrompida pela enchente. O projeto original acabou tendo apenas uma parte apresentada no 1º andar do MARGS, mantendo a outra parte, para o 2º andar, inédita até aqui.
Por ocasião do aniversário em 2025, “MARGS 70+1” recupera a exposição de celebração dos 70 anos, resgatando a parte da mostra original que acabou não sendo apresentada com o fechamento do Museu pela enchente. Para isso, é adaptada e ampliada para ocupar todo o 1º andar do MARGS e se expandir para o Farol Santander, compondo uma ampla e extensa mostra baseada no acervo do Museu em duas partes simultâneas nas instituições. Esse modelo de colaboração, a partir de um formato expositivo de caráter inovador, resulta em um projeto até então inédito entre MARGS e Farol, aprofundando a relação das instituições vizinhas da Praça da Alfândega de Porto Alegre.
Apresentando mais de 250 obras de mais de 150 artistas, “MARGS 70+1” oferece ao público a oportunidade de ver reunido um espectro de obras marcantes e emblemáticas do acervo do Museu, a partir de uma amostragem panorâmica do arco temporal e da pluralidade da coleção, que conta com mais de 5.800 itens desde o século 19 até a atualidade, contemplando a diversidade de técnicas e linguagens da produção artística visual, de artistas brasileiros e estrangeiros, com ênfase para a produção artística sul-rio-grandense. Assim, a exposição reúne obras icônicas do acervo do Museu, juntamente a peças menos conhecidas, há muito tempo não exibidas ou até mesmo nunca apresentadas. Há também obras afetadas pela enchente que já foram recuperadas e são apresentadas pela primeira vez.
A curadoria é do diretor do MARGS, Francisco Dalcol, com envolvimento de todos os setores do Museu e de equipes profissionais formadas especialmente para atender a escala do grande projeto.
“MARGS 70+1 – Percursos de um acervo” é apresentada pelo Banrisul, patrocinador direto do Museu, e pelo Ministério da Cultura, com patrocínios do Santander, da Hyundai e da EDP.
O MARGS E SEU ACERVO
Fundado em 27 de julho de 1954 como equipamento público voltado à preservação do patrimônio artístico do Estado e à atualização da produção e do pensamento em artes visuais, o Museu de Arte do Rio Grande do Sul — MARGS é o mais antigo e principal museu de arte do Rio Grande do Sul. Seu acervo foi iniciado pelo primeiro diretor, o artista e professor Ado Malagoli. Foram feitas aquisições por compra, parte delas em São Paulo e Rio de Janeiro, seguidas por transferências de obras que se encontravam dispersas na administração pública.
Nesse início, foram contempladas tendências artísticas desde o academismo e o pré-moderno até as vertentes modernistas, em um arco histórico do século 19 à metade do século 20, notadamente de artistas brasileiros, incluindo gaúchos, além de estrangeiros, sobretudo franceses.
No decorrer destes 70 anos, as aquisições para o acervo foram se dando pelas iniciativas e políticas das diferentes gestões, resultando das oportunidades dos momentos, da generosidade de artistas, doadores e patrocinadores e também do papel da Associação de Amigos do Museu.
Apesar dos distintos critérios e da diversidade de escolhas, ainda assim uma mesma linha manteve-se até aqui, consolidando certa orientação: o compromisso com o resgate do passado, juntamente à abertura ao presente em seu papel de renovação e atualização das linguagens e valores artísticos. Portanto, colecionar obras de arte consagrando atuações da história da arte ao mesmo tempo reconhecendo e legitimando a produção atual acompanha a história do MARGS até hoje.
O acervo do MARGS chega a 2025 com mais de 5.800 obras de arte, desde o século 19 à atualidade, contemplando diferentes linguagens das artes visuais (pintura, escultura, gravura, cerâmica, desenho, arte têxtil, fotografia, instalação, objeto, performance, arte digital, vídeo, filme e design, entre outras). O conjunto é composto por arte brasileira, com ênfase na produção de artistas do Rio Grande do Sul, e também por obras de artistas estrangeiros.
Em termos de preservação, pesquisa e divulgação, o acervo está totalmente catalogado, digitalizado e disponibilizado para consulta em meio online, sendo difundido por exposições, pesquisas, publicações e programas educativos, além de empréstimos em colaboração com projetos de outras instituições.
As obras do acervo afetadas pela enchente de 2024 estão sendo todas restauradas e recuperadas, vindo a público nas exposições exibidas pelo Museu, como esta comemorativa dos seus 71 anos.
MARGS 70+1 – PERCURSOS DE UM ACERVO
Por Francisco Dalcol
Diretor-curador MARGS
Doutor em Teoria, Crítica e História da Arte
Esta exposição assinala uma retomada de “MARGS 70 – Percursos de um acervo”, a ampla e extensa mostra preparada para ocupar os 2 andares expositivos do prédio do Museu no aniversário dos seus 70 anos, em 2024. Interrompida pela enchente de maio, no entanto, a exposição original acabou tendo apenas uma parte apresentada no 1º andar, mantendo a outra parte, para o 2º andar, inédita até aqui.
Após 7 meses fechado em enfrentamento aos danos da inundação do térreo e em pleno processo de recuperação, o MARGS reabriu em dezembro, porém com outra mostra, “Post scriptum – Um museu como memória”, concebida especialmente para o retorno com o objetivo de narrar e trazer a público os bastidores da jornada enfrentada pela instituição no maior desastre natural da história do Rio Grande do Sul.
Agora, por ocasião do aniversário comemorado em 27 de julho de 2025, “MARGS 70+1” recupera o projeto de celebração dos 70 anos, resgatando a parte da mostra original prevista para ocupar o 2º andar, mas que acabou não sendo apresentada com o fechamento do Museu pela enchente. Para isso, é aqui adaptada e ampliada para ocupar o 1º andar do MARGS e se expandir para o Farol Santander, compondo uma grande exposição em duas partes simultâneas, uma em cada instituição.
Por todos esses sentidos, a sua realização integra no Museu o programa expositivo “História do MARGS como História das Exposições”, que trabalha a memória da instituição abordando a história do Museu, as obras e a constituição do acervo e a trajetória e a produção de artistas que nele expuseram, a partir de projetos curatoriais que assinalam episódios, eventos e exposições emblemáticas do passado do MARGS, de modo a compreender sua inserção e recepção públicas.
Retomando também o conjunto de exposições realizadas desde 2023 pela programação dos 70 anos do Museu, esta mostra comemorativa mantém o perfil da original, baseada totalmente no Acervo Artístico do MARGS, mas focalizando obras não apresentadas nas 2 mostras anteriores, complementando-as. Com isso, marca também o fechamento da trilogia de exposições que se fez por força dos acontecimentos e ao modo como o Museu a eles respondeu.
Assim, “MARGS 70+1” oferece a oportunidade de ver reunido um espectro de obras marcantes e emblemáticas do Museu, com uma amostragem panorâmica do arco temporal e da pluralidade do acervo, que conta com mais de 5.800 itens desde o século 19 até a atualidade, caracterizados pela diversidade de técnicas e linguagens artísticas. Quanto à espacialização da mostra, a expansão para o Farol Santander permite contornar a não possibilidade de uso ainda neste momento do 2º andar do Museu. Essa área se encontra em reformas e trabalhos internos de qualificação, em virtude das mudanças nos espaços do prédio pela realocação de antigas funções, como a transferência para o último andar de uma reserva técnica do acervo antes situada no térreo, prioridade do conjunto de ações de preparação do MARGS para eventos climáticos futuros.
Ao mesmo tempo que proporciona uma grande exposição simultânea em dois espaços, a colaboração renova a parceria entre as instituições, também vizinhas da Praça da Alfândega, a partir de um formato expositivo até então inédito e que resulta em um projeto de caráter inovador.
Ao reunir obras historicamente destacadas do acervo do MARGS, a exposição justapõe peças menos conhecidas, há muito tempo não exibidas ou até mesmo nunca apresentadas. E como as demais mostras realizadas após a enchente, traz obras que foram afetadas por água ou umidade e que já estão recuperadas, dando uma amostra dos trabalhos de restauração em andamento.
No conjunto, procura-se abarcar a diversidade de abordagens artísticas que compõem o acervo, com objetos de diferentes tempos, suportes e linguagens colocados em diálogos e tensionamentos, compondo núcleos com os quais a exposição se organiza ao longo do percurso. Esses segmentos são também conformados pela arquitetura dos espaços expositivos, segundo as suas características espaciais.
Assim, a exposição explora novas perspectivas e diálogos sobre o acervo. Daí o “percursos” empregado conceitualmente no plural no subtítulo, com o qual se quer apontar para 3 dimensões:
- A trajetória de constituição do acervo nos últimos 71 anos, pontuada na exposição com o ano de aquisição de cada obra informado nas fichas técnicas às paredes.
- Os caminhos que envolvem percorrer o acervo, selecionar as obras e estabelecer as suas aproximações, correlações e justaposições propostas entre o conjunto, efetivadas no “desenho” da exposição.
- E o deslocamento do visitante na exposição, a partir das variadas rotas de navegação de encontro com as obras pelo público, das diferentes possibilidades de relações entre os trabalhos e da experiência diversa de cada um ao percorrer ao seu modo o espaço e os itens em exibição.
Aos nossos agradecimentos ao Santander, somam-se também aos patrocinadores Banrisul, EDP e Hyundai e aos demais apoiadores do processo de recuperação e retomada do MARGS.
LISTA DE ARTISTAS
Ado Malagoli
Albano Afonso
Aldo Locatelli
André Severo
Angelo Guido
Antônio Hélio Cabral
Antônio Parreiras
Armando Perez
Arthur Timótheo da Costa
Ascânio MMM
Avatar Moraes
Benito Castañeda
Berenice Gorini
Bernard Bouts
Bina Monteiro
Britto Velho
Bruno Borne
Bruno Gularte Barreto
Burle Marx
Bustamante Sá
Candido Portinari
Carla Obino
Carlos Asp
Carlos Pasquetti
Carlos Petrucci
Carlos Scliar
Clara Pechansky
Claudia Hamerski
Claudia Stern
Clébio Sória
Concessa Colaço
Daniel Senise
Danúbio Gonçalves
Dakir Parreiras
Didonet Thomaz
Dione Veiga Vieira
Dirnei Prates
Dudi Maia Rosa
Edgar Koetz
Edy Carôllo
Elaine Tedesco
Elias Maroso
Elida Tessler
Elim Dutra
Emiliano Di Cavalcanti
Emílio Sessa
Ernst Zeuner
Fernando Baril
Fernando Corona
Fernando Velloso
Flávio Emmanuel
Flávio Scholles
Francisco Stockinger
Frank Schaeffer
Frantz
Gastão Hofstetter
Gelson Radaelli
Gerson Reichert
Gilvan Samico
Glauco Rodrigues
Glênio Bianchetti
Guido Mondin
Guilherme Dable
Guillermo Creus
Hélio Fervenza
Henri Martin
Henrique Fuhro
Iberê Camargo
Igor Marques
Ilsa Monteiro
ÍO
Jesus Escobar
João Altair Barros
João Câmara
João Fahrion
Joel Amaral
José Francisco Alves
José Lutzenberger
Lenir de Miranda
Leonardo Fanzelau
Leopoldo Gotuzzo
Lia Menna Barreto
Libindo Ferrás
Liciê Hunsche
Lívio Abramo
Lúcia Ramenzoni
Luciano Zanette
Luiz Carlos Felizardo
Luiz Henrique Schwanke
Luiz Gonzaga
Karin Lambrecht
Kenji Fukuda
Manuel de Araújo Porto-Alegre
Maria Angelica Garay
Maria Lídia Magliani
Maria Lúcia Cattani
Maria Tomaselli
Marilice Corona
Marina Camargo
Mário Cravo
Mário Röhnelt
Marcos Porto
Milton Kurtz
Mitti Mendonça
Nelson Boeira Faedrich
Nelson Leirner
Nelson Wiegert
Nelson Wilbert
Nick Rands
Olegário Triunfo
Otto Sulzbach
Paulo Flores
Paulo Porcella
Paulo Roberto Leal
Pedro Weingärtner
Plínio Bernhardt
Rafael Pagatini
Regina Ohlweiler
Regina Silveira
Rogério Nazari
Rogério Prestes
Romanita Disconzi
Rommulo Vieira Conceição
Rosa Bonheur
Rubens Ianelli
Salomé Steinmetz
Sandro Ka
Sophia Tassinari
Tania Resmini
Telmo Lanes
Téti Waldraff
Thomaz Ianelli
Tomie Ohtake
Trindade Leal
Túlio Mugnaini
Valéria Barcellos
Vasco Prado
Wanda Pimentel
Wilbur Olmedo
Wilson Cavalcanti
Yeddo Titze
Yutaka Toyota
Zoravia Bettiol
SERVIÇO
“MARGS 70+1 – Percursos de um acervo”
Exposição simultânea no MARGS e no Farol Santander
QUANDO:
Em exibição de 24.06.2025 a 31.08.
ONDE:
– MARGS: Praça da Alfândega, s/n°, Centro Histórico de Porto Alegre, RS – Brasil – 90010-150. Visitação de terça-feira a domingo, das 10h às 19h (último acesso 18h), com entrada gratuita. Visitas mediadas com o setor educativo para escolas e grupos podem ser agendadas pelo email educativo@margs.rs.gov.br
– Farol Santander: Praça da Alfândega, s/n°, Centro Histórico de Porto Alegre, RS – Brasil – 90010-150. Visitação de terça a sábado, 10h às 19h (último acesso 18h). Domingos e feriados, 11h às 18h (último acesso 17h)