Linha d’Água e Sem Identificação

Gilberto Perin inaugura exposição de séries fotográficas dia 5 de setembro no MARGS

 

O fotógrafo, diretor de cena e roteirista Gilberto Perin apresenta as séries fotográficas “Linha d’Água” e “Sem Identificação”, que serão expostas nas Salas Negras do MARGS, com abertura no dia 5 de setembro (quarta-feira), às 19h. Os dois conjuntos, segundo Perin, têm como ponto em comum “uma visita às salas escuras da alma, como se expressou o cineasta Ingmar Bergman se referindo ao sentido da Arte”. A exposição poderá ser visitada de 6 de setembro a 4 de novembro, de terças-feiras a domingos, das 10h às 19h.

         

Na primeira série, “Linha d’Água”, Perin mostra 25 dípticos, onde cria uma autoficção com associações e vivências reais ou fictícias. As imagens têm a reminiscência como elemento catalisador mas, muitas vezes, a fronteira entre a realidade e a ficção é indefinida e nebulosa. “Portanto, o voo – ou o mergulho – é livre”, explica o fotógrafo.

            

A ideia de utilizar a relação entre duas imagens é encontrar novos significados para cada fotografia ao se combinar com outra, ganhando um novo sentido numa forma de poética visual. As fotografias colocadas lado a lado podem estimular ao espectador a sua própria ficção nas imagens associadas à infância, vida adulta ou envelhecimento.           

            

O fotógrafo russo Nikita Pirogov diz que “o díptico é a combinação do passado e do presente, das tradições e das suas novas ramificações. Os dípticos foram utilizados pela primeira vez na Grécia Antiga, muito antes da invenção da Imprensa. Eles vieram na forma de duas ou mais placas de argila para o texto de gravação ou imagens”.

 

“Sem Identificação”, a segunda série, é uma crítica irônica e reflexiva de um tempo desconcertante, repleto de informações e mensagens visuais. Perin, junto aos modelos que posaram nus, criou fotografias explorando imagens icônicas ou, simplesmente, imagens que surgiram espontaneamente no momento do ensaio fotográfico.

                

Em tempos de selfies, “Sem Identificação” tem concepção simples e direta onde a nudez é apenas a parcela aparente daquilo que não é revelado sobre a nossa identidade e pensamento. Perin, através de suas imagens, pergunta “que indivíduos somos nessa sociedade que têm impulsos tão primitivos a ponto de anular a identidade do outro?”

 

“Linha d’Água” e “Sem Identificação” – Fotografias de Gilberto Perin

Abertura: 5 de setembro (quarta-feira), 19h

Visitação: 6 de setembro a 4 de novembro de 2018

Horários: terças a domingos, 10h às 19h

Museu de Arte do Rio Grande do Sul – Ado Malagoli

Praça da Alfândega – Centro Histórico – Porto Alegre – RS – Brasil

Apoio Cultural: Armazém da Impressão e Pepperoni Filmes

Apoio: Café do MARGS, Arteplantas, CMPC Celulose Riograndense, AAMARGS

Patrocínio: BRDE, Banrisul Consórcio, Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Sulgás

Realização: MARGS e Secretaria da Cultura, Turismo, Esporte e Lazer do Governo do Estado do Rio Grande do Sul

 

Sobre Gilberto Perin

Formado em Comunicação Social pela PUC-RS (1976), Gilberto Perin é fotógrafo, diretor de cena e roteirista.

Algumas exposições individuais: “Fotografias para Imaginar” (2013 e 2015), no Instituto dos Arquitetos do Brasil e Pinacoteca Aldo Locatelli, as duas em Porto Alegre: “Vestiário” (2013), no Museu do Futebol de São Paulo; “Camisa Brasileira” (2010 a 2018), Porto Alegre, no interior do Rio Grande do Sul, na França e Itália; “Conexões Infinitas” (2009), no Centro Cultural Erico Verissimo, em Porto Alegre.

Algumas coletivas: “Queer Museu” (2017 e 2018), em Porto Alegre e no Parque Laje no Rio de Janeiro; “A Fonte de Duchamp, 100 Anos de Arte Contemporânea”, MARGS, Porto Alegre; “Objectif Sport” (2016), circuito internacional da Aliança Francesa, em Porto Alegre na Galeria La Photo; “Manifesto: Poder, Desejo, Intervenção” (2014), MARGS, Porto Alegre; “The Beautiful Game: o Reino da Camisa Amarela” (2014), Museu dos Direitos Humanos do Mercosul, Porto Alegre; “De Humani Corporis Fabrica”, MARGS, Porto Alegre; “Cromo Museu” (2012), MARGS, Porto Alegre.

Dois livros de fotografias publicados: “Camisa Brasileira” (2011); e “Fotografias para Imaginar” (2015). Tem fotografias publicadas em jornais e revistas brasileiras e do Exterior; além de fotografias em capas de livros e obras em museus, entidades culturais e coleções particulares.

 

 

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