O Museu de Arte do Rio Grande do Sul renova toda a programação expositiva em dezembro,
trazendo a público individuais dos artistas Túlio Pinto, Bruno Borne e Mariza Carpes
Também apresenta duas coletivas baseadas no acervo do MARGS: uma mostra sobre artistas mulheres
na coleção da instituição, além de uma seleção de obras acadêmicas e modernas
No mês de dezembro, o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS) renova toda a sua programação de exposições, trazendo a público 5 novas mostras (veja mais abaixo o programa artístico completo e detalhado).
O novo ciclo de mostras seguirá em exibição de dezembro de 2019 a março de 2020, quando os espaços expositivos do museu darão lugar aos preparativos para a 12ª Bienal do Mercosul, cuja abertura está prevista para o mês de abril.
Últimos dias
Durante o período de mudanças para a nova programação, entre o final de novembro e começo de dezembro deste ano, as salas expositivas do MARGS estarão passando por manutenção e preparativos para receberem as montagens das próximas mostras que o museu apresentará a partir de dezembro.
Aproveite para visitar as exposições que ainda estão em cartaz, chegando a seus últimos dias.
> “Stockinger 100 anos”, nas Pinacotecas, até 24.11.2019 (ENCERRADA)
> “Otacílio Camilo — Estética da rebeldia”, nas Salas Negras, até 01.12.2019 (PRORROGADA ATÉ 08.12)
> “Adriana Giora — No limiar do jardim”, na Sala Oscar Boeira, até 08.12.2019
> “Acervo em movimento — Um experimento de curadoria compartilhada entre as equipes do MARGS”, na Sala Aldo Locatelli, até 08.12.2019
> “Espaço N.O. 40 anos — Arquivos de uma experiência coletiva”, Galeria Iberê Camargo, até 15.12. 2019
As novas exposições
O ciclo de aberturas começa no sábado 14.12.2019, quando serão inauguradas 3 novas mostras, sendo 2 individuais e 1 coletiva:
> “Bruno Borne — Ponto vernal”, nas Salas Negras, curadoria Ío.
> “Acervo em movimento — Um experimento de curadoria compartilhada entre as equipes do MARGS”, na sala Aldo Locatelli, com seleção e escolhas curatoriais pelo Núcleo de Acervo do museu.
Em sequência, na terça-feira 17.12.2019, tem abertura outra individual:
> “Mariza Carpes — Digo de onde venho”, na galeria João Fahrion e salas Angelo Guido e Pedro Weingärtner, curadoria Paula Ramos.
E, por fim, no dia 19.12.2019, o MARGS inaugura outra coletiva:
> “Gostem ou não — Artistas mulheres no acervo do MARGS”, na galeria Iberê Camargo e sala Oscar Boeira, curadoria Mulheres nos Acervos (Cristina Barros, Marina Roncatto, Mel Ferrari e Nina Sanmartin)
“Túlio Pinto — Momentum”
Pinacotecas
14.12.2019 a 22.03.2020
Nas Pinacotecas do museu, terá lugar a individual “Túlio Pinto — Momentum”, reunindo um conjunto de esculturas, objetos e instalações realizadas nesta década, incluindo alguns trabalhos inéditos.
O projeto tem curadoria do diretor-curador do MARGS, Francisco Dalcol, que desenvolveu com o artista uma exposição concebida para proporcionar ao público uma profunda e intensa experiência a partir de uma ampla exposição de caráter escultórico e instalativo, destacando um conjunto de obras de grande porte e dimensões.
Para receber a proposição do artista, concebida especialmente para o espaço expositivo mais amplo e nobre do museu, as Pinacotecas passarão por uma grande e impactante transformação visual: o piso das 3 galerias será totalmente revestido por uma cobertura acarpetada, com o objetivo de anular as cores e os motivos decorativos dos ladrilhos, transformando o espaço em um grande “cubo branco” que privilegiará a visualidade e a presença dos objetos escultóricos que ali estarão instalados.
Com formação pelo Instituto de Artes da UFRGS e pelo Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre, cidade onde vive e desde onde atua, Túlio Pinto (1974) foi um dos criadores e integrantes do Atelier Subterrânea (ativo entre 2006 e 2015).
Sua produção é marcada pelo uso de materiais como metal, pedra e vidro; os quais são mobilizados e articulados pelo artista em arranjos, mecanismos, composições e sistemas matérico-objetuais que lidam com pesos, forças, equilíbrios, tensões e os seus limites. São pedras, vigas de aço, lâminas e bolhas de vidro, cubos e estruturas de metal; os quais se sustentam e se acoplam por cabos, roldanas, barras, vigas, pedras pendulares e porções de areia, entre outros.
Desse procedimento, resultam esculturas, objetos e instalações que exploram as potencialidades físicas e visuais dos materiais e das formas que assumem.
Tendo nos últimos anos cruzado continentes, circulando por diversos países com exposições em instituições, museus, galerias, feiras, eventos e programas de residência — em 2019, o ponto alto foi uma mostra sua em Veneza durante a Bienal —, Túlio Pinto não apresentava uma individual em Porto Alegre desde 2013.
Nesse sentido, a mostra “Momentum” chega justamente para pontuar e celebrar o momento de adensamento da produção e de maturidade da trajetória do artista, sobretudo pelo alcance de sua atuação nos últimos anos, ao mesmo tempo marcando sua primeira exposição individual no MARGS.
Em sequência à mostra apresentada nas mesmas Pinacotecas em homenagem ao centenário de Francisco Stockinger, um artista notadamente vinculado ao ideário da arte moderna, “Túlio Pinto — Momentum” oferecerá agora uma circunstância para se pensar e experenciar os desdobramentos operados pelas pesquisas contemporâneas das linguagens escultóricas, em um campo já expandido de possibilidades, e no qual a abordagem da tridimensionalidade e da espacialidade se aprofunda pelo pensamento e práticas do artista, que exploram uma intensificada fundamentação conceitual, visual e poética.
“Bruno Borne — Ponto vernal”
Salas Negras
14.12.2019 a 22.03.2020
Nas Salas Negras, o MARGS apresenta “Bruno Borne — Ponto vernal”, que consiste em uma videoinstalação concebida especialmente para este espaço. A curadoria é do duo Ío, formado pelos artistas e pesquisadores Laura Cattani e Munir Klamt, este também integrante do Comitê de Curadoria do MARGS.
Graduado em Artes Visuais e Arquitetura e Urbanismo, e atualmente doutorando em Poéticas Visuais (PPGAV-UFRGS), Bruno Borne (1979) produz obras relacionando o ambiente de exposição, a arquitetura, a obra e o espectador através de projeções e imagens em computação gráfica. Em sua pesquisa, trata de conceitos como o tempo e o espaço, utilizando luz, som, reflexos, espelhamentos e multiplicação de espaços e formas arquitetônicas. Assim, procura discutir questões relativas ao espaço e à virtualidade, utilizando meios tecnológicos e digitais para propor a criação de ambientes virtuais através da articulação entre arquitetura, registro fotográfico e as especificidades do local. Como técnica, desenvolve imagens por meio de simulações de computação gráfica apresentadas em videoinstalações ou impressões digitais. Utiliza como suporte espelhos, objetos escultóricos em marcenaria, acrílicos e tecidos.
Para as Salas Negras, o artista concebeu um projeto especialmente para as características e especificidades deste espaço, composto por duas obras que operam com vídeo, som e computação gráfica. Assim, o ambiente expositivo será ocupado por uma videoinstalação que lida com luz, imagens e sons, convidando o público a uma experiência visual, espacial e sensorial.
Tomado como título da exposição e como fundamentação conceitual dos trabalhos, “Ponto vernal” se relaciona ao período da exposição, que se dará entre o solstício e o equinócio. Em astronomia, o ponto vernal é o ponto da esfera celeste determinado pela posição do sol, quando este, movendo-se pela eclíptica, cruza o equador celeste, determinando o equinócio de primavera para o hemisfério norte e o de outono para o hemisfério sul.
Desse modo, entre dezembro e março, o artista executará alterações no trabalho, que resultarão em novas e distintas experiências visuais, espaciais e sensoriais.
Um dos trabalhos, “Perihelion #1”, parte da ideia do movimento de transição entre o solstício e o equinócio terrestre. Um feixe de luz em forma de elipse se expande e se contrai em ciclos de 1 minuto marcados pelo soar de um sino. Ao longo dos 90 dias de exposição (período de transição entre o solstício e equinócio), essa forma luminosa projetada irá se transformar de uma elipse para um círculo. Para sua realização, foi desenvolvido um sistema de computação gráfica que transforma uma imagem captada em tempo real do céu. Esta luz é processada e projetada dentro do ambiente de exposição em um espelho metálico convexo que reflete e ilumina a sala negra, alternando momentos de escuridão e claridade.
O outro trabalho, “Aurora #2”, consiste em uma linha de metal espelhado, colocada na altura média do observador (165 cm) sobre a parede de projeção. O vídeo tem 2 minutos de duração e é composto de uma animação digital em que uma forma cilíndrica gira lentamente sobre esta linha metálica horizontal, registrando uma porção de céu limpo de nuvens e objetos captando as variações de cor e luminosidade desde o nascer do sol (a aurora) até o poente por meio de um registro em time-lapse processado digitalmente. Durante este ciclo, o som do ambiente apresenta ruídos naturais como o vento, movimentos de folhas e árvores e o cantar de pássaros.
“Bruno Borne — Ponto vernal” dá início nas Salas Negras a um ciclo de exposições intitulado “Poéticas do agora”, dedicado a artistas atuais cuja produção e pesquisas recentes em poéticas visuais têm se mostrado promissora e relevante no campo artístico contemporâneo. Não se trata de algo novo ou estranho na história do museu, a considerar o Espaço Investigação que o MARGS manteve nos anos 1980, sempre lembrado por ter sido responsável pela projeção de muitos artistas então jovens, e que hoje figuram como grandes nomes da nossa arte.
Assim como nesta mostra de Bruno Borne, as próximas exposições do ciclo privilegiarão projetos propostos e concebidos especialmente para as Salas Negras. O objetivo é valorizar produções em poéticas visuais artísticas que investem na pesquisa de linguagem, e que exploram a experimentação e a transdisciplinaridade dos meios, operações e procedimentos.
“Acervo em movimento”
Sala Aldo Locatelli
14.12.2019 a 22.03.2020
Projeto de caráter permanente da atual gestão, “Acervo em movimento — um experimento de curadoria compartilhada entre as equipes do MARGS” é uma exposição viva e dinâmica, uma vez que opera com um modelo de rotatividade de obras da coleção do MARGS, com substituições que se alternam marcando distintos períodos expositivos.
A estreia se deu em março deste ano, nas Pinacotecas do museu, marcando a chegada da nova gestão do museu. A exposição se desenvolve como um experimento de curadoria compartilhada entre as equipes do museu (Núcleos de Curadoria, Acervo, Educativo, Documentação e Pesquisa, Restauro e Conservação), que conjuntamente e em revezamento exercitam uma mesma estratégia de organização de uma mostra dedicada ao acervo. Assim, coloca-se em operação um modelo de exposição recombinante, em que obras entram e saem durante o período expositivo.
À primeira seleção, proposta em março pelo diretor-curador, seguiram-se nos meses seguintes alterações no conjunto em intervalos quase mensais, sendo uma resposta à outra, cada qual implementada por uma equipe do MARGS.
Em agosto, a exposição entrou em sua segunda fase, passando a ocupar a Sala Aldo Locatelli. Desde então, foram realizadas duas “viradas” com entradas e saídas de obras do acervo do museu.
Agora, a mostra passará por uma substituição total, a cargo do Núcleo de Acervo do museu (Raul Holtz, Daniela Tyburski e Eneida Michel da Silva), que foi designado para ser responsável pelas escolhas e decisões curatoriais quanto às obras que entram na exposição e a disposição que assumirão no espaço expositivo.
A equipe do Núcleo de Acervo privilegiou obras acadêmicas e modernas, cumprindo assim o objetivo da direção artística de contrabalançar a maior presença que a arte contemporânea terá com as demais exposições em exibição no mesmo período.
A nova seleção de obras apresenta a produção de artistas cujo estilo se caracteriza pelo academicismo, ocorrido em fins do séc. 19 e início do séc. 20, e pelo modernismo, que se caracteriza por romper com os padrões acadêmicos, traçando um novo ponto de vista estético e conceitual ao longo do século 20. Representando os acadêmicos, serão apresentadas obras de Pedro Alexandrino (1884-1942), Henry Geoffroy (1853-1924), Lucien Simon (1861-1945), Pedro Weingärtner (1853-1929) e Libindo Ferrás (1877-1951), dentre outros. Já entre os modernos haverá obras de Alfredo Volpi (1896-1988), Tarsila do Amaral (1886-1973), Bustamante Sá (1907-1988) e Vasco Prado (1914-1998), dentre outros.
Ao lançar mão da estratégia de substituições dos trabalhos de arte enquanto metodologia crítica, “Acervo em movimento” busca oferecer uma exposição que aposta na experiência mais do que nos discursos, e na descoberta mais do que nas verdades.
O projeto integra uma política institucional de exibição dedicado a explorar estratégias de abordagem do acervo do museu por meio de exercícios curatoriais voltados à experimentação de modelos expositivos.
“Mariza Carpes — Digo de onde venho”
Galerias João Fahrion, Angelo Guido e Pedro Weingärtner
17.12.2019 a 15.03.2020
O MARGS tem investido em uma política de exposições que procura estar a par de discussões e problemáticas prementes a serem enfrentadas pelas instituições museológicas e artísticas, sobretudo por aquelas que se orientam pela busca de relevância e atualidade. Nesse compromisso, está a reivindicação histórica e reparatória por uma maior visibilidade, representatividade e legitimação das artistas mulheres. Trata-se de um empenho que ganhou evidência no MARGS neste primeiro ano da atual gestão, resultando em um conjunto de exposições monográficas de artistas mulheres apresentadas em 2019.
“Mariza Carpes — Digo de onde venho”, que o MARGS recebe e apresenta, integra esse ciclo, reforçando o compromisso crítico assumido. Ao trazer a público um amplo conjunto de obras, a mostra não apenas consagra a produção da artista e professora, como confere maior visibilidade e legibilidade à sua consolidada trajetória.
Comemorando os 45 anos de produção de Mariza Carpes (1948), “Digo de onde venho” concentra-se na sua produção mais recente — desenhos, assemblages e vídeos produzidos entre 2015 e 2019 —, além de contemplar objetos e alguns trabalhos anteriores.
O título da exposição assevera, portanto, a consciência e a maturidade da artista e aponta um eixo fundamental de sua pesquisa plástica: o mergulho em sua própria história, nas lembranças e nos materiais que constituem seus afetos, recolhidos e decantados ao longo de anos, alguns ao longo de décadas. Ao mesmo tempo, o feminino, representado pela figura da mãe, da neta e dela mesma.
Ocupando a galeria João Fahrion e as salas Angelo Guido e Pedro Weingärtner, com a reunião de cerca de 60 obras, a mostra individual tem curadoria da historiadora e crítica de arte Paula Ramos. As obras são provenientes, majoritariamente, da coleção da própria artista, além de acervos públicos, a exemplo do MARGS, do Museu de Arte Contemporânea do Estado (MAC-RS), do Museu de Arte de Santa Maria (MASM), da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo da UFRGS e da Pinacoteca Aldo Locatelli da Prefeitura de Porto Alegre.
No primeiro semestre de 2020, após o término da exposição, será lançado o livro homônimo, em edição bilíngue (português – inglês), contemplando obra e trajetória da artista.
Nascida em Santa Maria, Mariza Carpes fez sua formação na Universidade Federal de Santa Maria, diplomando-se em 1973, em Desenho e Plástica. Na mesma instituição foi, durante anos (1975–1987), professora das disciplinas de “Interiores e Paisagismo”. Dedicando-se ao Desenho, conquistou diversos prêmios regionais, nacionais e internacionais, em salões organizados ao longo dos anos 1970 e 1980. No final dos anos 1980, transferindo-se para Porto Alegre, passou a trabalhar no Instituto de Artes da UFRGS, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1987–1997), dedicando-se integralmente ao Desenho e ajudando a formar, pelo menos, uma geração de artistas; também dirigiu, na instituição, a Galeria da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo. Em 1995, concluiu o Mestrado em Artes pela BallState University, em Muncie, Indiana, Estados Unidos.
“Gostem ou não — Artistas mulheres no acervo do MARGS”
Galerias Iberê Camargo e Oscar Boeira
19.12.2019 a 22.03.2020
O momento oferecido pela mostra individual de Mariza Carpes se intensifica com uma exposição coletiva que será apresentada ao mesmo tempo, nas demais galerias e salas do mesmo andar do museu.
Com o objetivo de trazer a público uma exposição sobre artistas mulheres no acervo do MARGS, as autoras do projeto Mulheres nos Acervos — que pesquisam a produção artística feminina nas coleções públicas de arte de Porto Alegre — foram convidadas a desenvolver uma proposição curatorial-expositiva para o museu. Integram o grupo Cristina Barros, Marina Roncatto, Mel Ferrari e Nina Sanmartin, que em comum são alunas ou egressas do curso de graduação em História da Arte do Instituto de Artes da UFRGS.
Em interlocução com a Direção, as pesquisadoras organizaram uma mostra a partir de suas investigações e reflexões. Intitulada “Gostem ou não — Artistas mulheres no acervo do MARGS”, a coletiva apresenta, em formato expositivo, uma investigação recente sobre a presença e a representatividade das artistas mulheres no acervo do MARGS, ao mesmo tempo integrando o contexto mais amplo do projeto de pesquisa, que tem resultado em mostras também organizadas pelas pesquisadoras nas outras instituições cujos acervos são também objeto do estudo.
O título da mostra no MARGS é baseado em uma afirmação feita pela pintora Alice Brueggemann (1917-2001) ao jornal Correio do Povo em 1964: “Se gostam ou não do que faço não me interessa”. Nesta ocasião, Brueggemann já era uma artista de trajetória consolidada, mas mesmo assim era frequentemente indagada sobre as escolhas de sua pesquisa artística.
A partir da análise feita sobre o acervo do MARGS, o grupo de pesquisadoras apresenta em sua curadoria artistas e obras, de valor artístico e histórico, que consolidaram suas carreiras através de instâncias de legitimação ou autolegitimação em diferentes períodos da história da arte.
No conjunto de obras, “Gostem ou não” traz a público trabalhos do acervo artístico do MARGS nunca expostos desde suas doações, como “Projectio I” (1984), de Regina Silveira, e “Atlas do céu azul” (2008), de Marina Camargo, além de aquisições recentes de artistas como Alice Brueggemann, Christina Balbão e Maria Lídia Magliani, única artista negra identificada no acervo do museu.
Além disso, o Núcleo Educativo e o Núcleo de Documentação e Pesquisa tornam-se grandes colaboradores no processo de pesquisa da mostra, na medida em que as discussões levantadas pelo projeto já vêm sendo trabalhadas e discutidas dentro do museu por esses setores.
Mulheres nos Acervos é uma pesquisa colaborativa proposta pelas pesquisadoras de história da arte Cristina Barros, Marina Roncatto, Mel Ferrari e Nina Sanmartin, que consiste na coleta e análise de dados sobre a presença de trabalhos artísticos de autoria feminina nas coleções públicas de arte da cidade de Porto Alegre. Em 2019, o projeto já apresentou os resultados da pesquisa e exposições na Pinacoteca Aldo Locatelli e na Pinacoteca Ruben Berta, ambas pertencentes à Prefeitura Municipal de Porto Alegre.
No MARGS, a simultaneidade desta exposição e da individual de Mariza Carpes, que tomarão todas as salas expositivas do segundo pavimento do MARGS, foi concebida propositadamente. A intenção é criar um contexto preliminar para a chegada da 12ª Bienal do Mercosul, que a seguir, entre abril e julho de 2020, ocupará todo o MARGS com uma edição voltada às relações entre arte e feminismo.
Assim, em sintonia e afinidade com a temática da próxima Bienal, o MARGS procura oferecer, por meio de sua programação artística, um ambiente preparatório para momento em que o museu prosseguirá sendo palco de debates e experiências sobre a produção de artistas mulheres.
MUSEU DE ARTE DO RIO GRANDE DO SUL – MARGS
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