Curso presencial “A arte no Rio Grande do Sul de 1822 a 2022”, com Círio Simon e Arnoldo Doberstein

Data / Hora
Date(s) - 13/04/2022 - 26/10/2022
14:30 - 16:00

Localização
MARGS

Categorias


 

CURSO PRESENCIAL TEÓRICO

Realização AAMARGS – Associação dos Amigos do Museu de Arte do Rio Grande do Sul

 

A ARTE NO RIO GRANDE DO SUL DE 1822 A 2022

BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA NO BRASIL

Com os professores Círio Simon e Arnoldo Doberstein

A obra de arte é única e primordial. Sempre esteve e estará nos artistas, a ela predispostos e mais amplamente realizados quando livres, autônomos e soberanos. Livres, autônomos e soberanos porque estes são seus direitos naturais, assim como dos estados e nações aos quais pertencem.

Mas como o artista é um ser no mundo, e não uma divindade autossuficiente, suas obras depois de criadas precisam de instituições que as apoiem, para se enraizarem no conjunto da sociedade. Ao entrarem neste mundo da recepção elas se sujeitam a avaliações e narrativas que variam no tempo e conforme as circunstâncias.

O conjunto de obras e suas instituições de apoio, das avaliações e narrativas que sobre elas se formam, quando distribuídas no tempo, formam aquilo que chamamos de história da arte. Uma totalidade cuja apreensão plena não pode ser realizada. Por isso o presente curso se propõe a apresentar e discutir alguns tópicos da arte produzida no RGS entre 1822 e 2022. 1822 por ser o ano da declaração de independência e soberania da nação brasileira. 2022 por ser o ano do seu bicentenário, ocasião mais do que propícia para se discutir, principalmente, em que situação se encontram as suas instituições de apoio. O recorte espacial é o estado do Rio Grande do Sul. Com o pressuposto de que, pelo acervo de obras nele produzidas e existentes, pode-se auferir o sentido e a importância das mesmas como expressão da independência, autonomia e soberania da própria nacionalidade, a partir de uma de suas unidades federadas.

Os critérios de divisão sincrônica do tempo – em décadas – é arbitrário, como arbitrárias são todas as demais divisões. No tempo diacrônico – o da longa duração – persegue-se a hipótese de que a busca da identidade, da liberdade de criar, da autonomia e soberania são valores que permeiam, com maior ou menor amplitude, a arte produzida no espaço étnico e culturalmente múltiplo que é o Rio Grande do Sul.

Metodologia: o curso será ministrado, concomitantemente, pelos professores Círio Simon e Arnoldo Doberstein, numa dinâmica expositiva, coloquial e, se for o caso, dialogada com o público.

Local: Auditório do MARGS, com lugares demarcados, distanciados e limitados ao número máximo de 30 pessoas.

Data e horário: de 13/4/2022 até 26/10/2022, nas Quartas-Feiras (com exceção do dia 11/10/2022) no horário das 14:30 às 16:00.

Inscrição: apenas presencial, no horário e local de início do curso.

Investimento:

  • R$ 200,00 (à vista, com desconto de 10% para os associados em dia da AAMARGS)
  • 4x de R$ 50,00 (mensal)
  • R$ 20,00 (por aula, conforme o cronograma em “Programa”)

Obs.: pode ser escolhida uma das opções acima, com pagamento em dinheiro ou cartão.

 

Programa:

– 13/04/2022. As décadas de 1820-29 e 1830-39, com ênfase para a presença dos viajantes estrangeiros, igrejas construídas, artesanato em metal e couro, e nas arquiteturas das cidades de Porto Alegre e Piratini.

– 27/04/2022. As décadas de 1840-49 e 1850-59, com ênfase na imaginária farroupilha, e sua longa duração, os ecos do neoclassicismo arquitetônico, assim como a obra de Rudolf Wendroth, João do Couto e Silva e Edouard Zalony.

– 11/05/2022. As décadas de 1860-69 e 1870-79, com ênfase para a arte gráfica do Sentinella do Sul, para o aquarelista Edoardo de Martino, o fotógrafo- retratista Luis Terragno, Bernardo Grasseli e a Exposição de 1875.

– 25/05/2022. As décadas de 1880-89 e 1890-1899, com ênfase para a Exposição de 1881, e a obra de Adriano Pitanti, João Grünewald, Frederico Trebi, Guilherme Litran e Pedro Weingartner.

– 08/06/2022. A década de 1900-09, com ênfase para o prédio da Prefeitura Municipal, a Exposição de 1903 da Gazeta do Comércio, os monumentos a Bento Gonçalves, de Rio Grande, e a criação do Instituto de Belas Artes.

– 22/06/2022. A década de 1910-19, com ênfase para o monumento a Julio de Castilhos, o Quadriênio Glorioso na arquitetura de Porto Alegre, os surgimentos das revistas KODAK e MÁSCARA e a fase “rio-grandense” de Pedro Weingartner.

– 06/07/2022. A década de 1920-29, com ênfase no Salão de Outono, de 1925, o surgimento das revistas Madrugada (1926) e Revista do Globo (1929), a docência de Libindo Ferraz, Fernando Corona, Francis Pelichek e José Lutzenberger, e o Salão da Escola de Artes de 1929.

– 20/07/2022. A década de 1930-39, com ênfase na obra dos artistas gráficos da Revista do Globo, dos monumentos aos heróis-armados, na Exposição de 1935, na criação da Chico Lisboa e na atuação de Fernando Corona-arquiteto.

– 03/08/2022. A década 1940-49, com ênfase nas artistas mulheres formadas na década de 1940 (Alice Soares, Alice Brueggemann, Christina Balbão, Leda Flores e Dorothea Vergara) o surgimento do MTG, Grupo de Bagé e Clube de Gravuras (1948) e a vinda de Locatelli e Sessa para o RGS.

– 17/08/2022. A década 1950-59, com ênfase no muralismo laico de Locatelli (Salgado Filho, Caxias do Sul, Palácio Piratini), a afirmação dos gravuristas, da revista Horizonte e das artistas-mulheres, a fundação do MARGS e atuação de Ado Malagoli, na obra de Antônio Caringi e nas exposições de 1955 e do Salão Panamericano de 1958.

– 31/08/2022. A década 1960-69, com ênfase na fundação do Atelier Livre da Prefeitura (1962), no surgimento e afirmação de uma nova geração de artistas (Iberê Camargo, Xico Stockinger, Cleber Sória, entre outros), a ampliação do mercado de arte e do colecionismo no RGS.

– 14/09/2022. A década 1970-79, com ênfase na escultura pública monumental (Vasco Prado, Carlos Tênius, Xico Stockinger), a escalada nacional dos artistas rio-grandenses em Brasília, a formação do Grupo Nervo Ótico e a nova sede de Margs.

– 28/09/2022. A década 1980-89, com ênfase no envolvimento dos artistas rio-grandenses na campanha pela redemocratização do país.

– 11/10/2022 (terça-feira). A década 1990-1999, com ênfase no reaproveitamento de prédios públicos para abrigar instituições culturais (Casa de Cultura Mário Quintana, Museu Hipólito José da Costa, Museu Ruth Schneider, de Passo Fundo), no programa “espaço urbano-espaço arte” da Pref. Municipal de Porto Alegre e nas primeiras edições da Bienal do Mercosul.

– 26/10/2022. As décadas de 2000-2009 e 2010-2019, com ênfase na obra pública de Mário Fuke, Carlos Vergara e Regina Silveira e para a indagação de final de curso: como anda nossa consciência coletiva rio-grandense diante da arte atual e de sua inserção num tempo de “história em migalhas”?

 

INFORMAÇÕES:

WhatsApp: (51) 98570-0013 | Telefone: (51) 3211-5736

E-mail: aamargs@margs.rs.gov.br

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