MARGS apresenta rede humana sob as lentes do fotógrafo Tonico Alvares

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli tem o prazer de convidar, dia 11 de maio, quinta-feira, às 19h, para a exposição “Redes”, do fotógrafo Tonico Alvares, com curadoria de Carlos Eduardo Comas.

A exposição, que ocupa as Salas Negras do MARGS, pode ser visitada até dia 2 de julho, com entrada gratuita. São 35 imagens em formato 81cm x 81cm, feitas no espaço público do complexo de edifícios do Lincoln Center, em Nova Iorque (EUA).

A ideia da mostra partiu durante visita ao local em 2013, onde o fotógrafo observou a interação de uma rede de pessoas de múltiplas etnias, trocando experiências e compartilhando valores culturais e trocas de informações de todas as partes do mundo. Com essa motivação, Tonico Alvares registrou a movimentação da rede humana em fotos digitais, compostas por pessoas que se repetem, se entrecruzam e se complementam, num diálogo e numa rede digital captada durante 53 minutos.

Além de inédita, outra característica da mostra “Redes” é o retorno de Tonico ao trabalho com imagens humanas. Antes disso, permaneceu durante 15  anos envolvido com imagens abstratas.

O MARGS funciona de terças a domingos, das 10h às 19h, sempre com entrada gratuita. Visitas mediadas podem ser agendadas com o Núcleo Educativo, através do e-mail educativo@margs.rs.gov.br.

 

REDES

Uns amam a presença globalizada, outros a particularidade local. Muitos dão a natureza por foro privilegiado, e igual número reza pela criação artificial. Persistindo no afã de recortar de um jeito manso a paisagem metropolitana contemporânea, Tonico Álvares atenta para a complementaridade entre esses polos e as progressões que podem se estabelecer entre eles. Seu foco aqui é o entrelaçado de gente, gesto e arquitetura pública, de signos globais e inflexões localizadas, do discurso casual na praça nova-iorquina e cosmopolita do Lincoln Center à espera que o espetáculo recomece e a própria praça em que o discurso se elabora. Silhuetas do oriente e do ocidente, do norte e do sul se mostram coloridas, quentes, espectrais, esbatidas, feito imagens infravermelhas esgarçadas em fundo muito branco, e a interação humana se baliza pelas linhas enegrecidas de bancos, marcos e mezaninos. A câmara recua ou se aproxima, insistente e indiscreta mas tolerante, interessada em evidenciar convívio mesmo que ambíguo antes que denunciar conflito irreparável. O resultado tem jeito de sonho sem perder a contundência do real, porque a simplificação maniqueísta e mistificadora está ausente. Entre o preto ausência de luz e o branco soma de todas as cores, vale reclamar o preto, o branco, e todo o arco-íris.  Tudo isso e o céu também.

Carlos Eduardo Comas

 

 

 

Tonico Alvares é fotógrafo premiado, com exposições nacionais e internacionais. É natural de Minas do Leão, RS (1953).

Além da carreira jornalística, Tonico Alvares tem passagens artísticas nacionais e internacionais. Para o Etnografiska Museet, o Museu Etnográfico de Estocolmo, buscou material em países orientais como Paquistão, Afeganistão, Índia, Nepal e Tailândia. Ainda na Suécia ele realizou, em 1979, na Kulturhuset (Casa de Cultura) sua primeira mostra fotográfica sociocomparativa, “Afeganistão-Estocolmo”. Esse trabalho foi exposto também em Porto Alegre, no MARGS, em 1992.

 

Na capital gaúcha teve várias outras exposições incluindo trabalhos sobre o Theatro São Pedro, no próprio, e a mostra “Rui, 40 anos”, na Bolsa de Arte. “Paris 48 Horas” foi exibida na Galeria de Artes do DEMAE, “Planeta Atlântida” no Shopping Iguatemi, e “Elegância Gaudéria”, no Shopping Moinhos.

 

Nos anos 1990, Tonico Alvares atuou no Grupo RBS como repórter fotográfico durante dois anos. Então, engajou-se no projeto da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul “Perfis Parlamentares”, cujo objetivo era retratar em livros a vida de políticos gaúchos ilustres como Flores da Cunha, Getúlio Vargas, Oswaldo Aranha e Assis Brasil.

 

Em 2005, expôs “Paris-Índia” no Museu da Artes do Rio Grande do Sul e, em 2009, participou de duas mostras fotográficas coletivas: “11 Photographes Brésiliens” com a obra “Senhoras de Estocolmo” na Galerie D’Art François Mansart, em Paris, e “Fotorama-09”, encontro internacional de fotografia no Uruguai, com uma mostra referente a um dos últimos shows do ídolo do reggae Bob Marley.

 

Em 2011, exibiu a mostra “Rastros”, no MAC-RS, e, em 2012, a Galeria Gestual recebeu sua exposição “Aço Corten”. No ano de 2013, dedicou-se a retratos de personalidades gaúchas, os quais resultaram na mostra (Re)Tratar, na galeria OW! Art.

Desde 2000 é fotógrafo da Câmara Municipal de Vereadores e vem trabalhando em paralelo como colaborador da Revista Bá.

 

Carlos Eduardo Comas  estudou arquitetura em Porto Alegre, Filadélfia e Paris. É professor titular da UFGRS e editor da revista ARQTEXTO do PPG em Arquitetura. Tem escrito e palestrado extensivamente sobre arquitetura e urbanismo modernos tanto no país como no exterior. Desenvolve prática profissional privada como arquiteto e realiza curadorias para exposições de arquitetura, design e fotografia, entre as quais “Latin America in construction: architecture 1955-80”, para o Museum of Modern Art nova-iorquino.

 

 

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Realização

Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli

Governo do Estado do Rio Grande do Sul

 

 

 

Serviço:

Título: “Redes”

Curadoria: Carlos Eduardo Comas

Local: Salas Negras do Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli

Abertura: 11 de maio de 2017, quinta, às 19h

Visitação até 02 de julho de 2017

Entrada Franca

 

Museu de Arte do Rio Grande do Sul

Localização: Praça da Alfândega, s./n.

Centro Histórico, Porto Alegre, RS

Telefone: 32272311

Entrada Franca

Site: www.margs.rs.gov.br

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